Jaime concedeu entrevista nesta sexta-feira (9) e falou sobre sua trajetória e principais propostas de campanha. Entrevistas com candidatos ao Senado seguem até 13 de setembro.

Porto Velho, RO - O candidato Jaime Bagattoli (PL), que disputa o Senado Federal por Rondônia nas Eleições 2022, falou em entrevista ao g1 e BDRO, nesta sexta-feira (9), sobre suas principais propostas de campanha.

É a primeira vez que a Rede Amazônica sabatina aqueles que concorrem a uma vaga no Congresso. A rodada de entrevista acontece até o dia 13 de setembro.

A entrevista desta sexta-feira foi feita pelo repórter André Felipe, da Rede Amazônica. Foram 20 minutos ao vivo durante o programa Bom Dia Rondônia (que inicia às 6h30), e depois o candidato respondeu mais 30 minutos de perguntas no g1.

Em entrevista ao jornal Bom Dia RO, Jaime Bagattoli falou de agronegócio, meio ambiente e transparência (veja na íntegra acima).

Um dos temas abordados na conversa foi sobre a atuação dos órgãos de fiscalização no combate do garimpo ilegal. Sobre esse assunto, Bagattoli defendeu a necessidade de uma regularização geral para extração de minério.

"Tem que ser feita a legalização do garimpo. Na condição de Senador da República, eu vou lutar muito para que todos garimpos sejam legalizados e dê legalidade para os garimpeiros poderem fazer a sua operação de dragagem, que ele possa trabalhar com tranquilidade lá no garimpo, com garantia e ter condições para depois ele vender com tranquilidade aquilo que ele produziu, seja ouro ou diamante, dentro da legalidade. O que acontece hoje é que tudo que vai fazer dentro da Sedam e dentro do Ibama, tudo há burocracia, tudo se trava na hora de fazer a legalização".

Bagattoli ainda completou: "E eu vou lutar por isso, inclusive eu acredito que podemos até dar a legalidade dos garimpos dentro das reservas indígenas, o que seria mais uma remuneração que os próprios indígenas queriam para eles. Porque tá provado que o garimpo é feito no mundo inteiro.

Todos os países tiraram seus minérios. Quem tem, explora pelo mundo afora e no Brasil há toda essa burocracia e o próprio presidente Bolsonaro vem nesses quatro anos lutando para que os garimpeiros possam trabalhar de uma forma legal", disse.

O candidato ao Senado também defendeu a regularização fundiária e disse que se isso não for feito, Rondônia vai entrar num 'caos total'.

"Só pra você ter uma ideia, os frigoríficos chamaram uns 20 maiores produtores de boi no estado de Rondônia e o que eles falaram pra gente nessa reunião. A partir de 2025, quem não tiver a legalidade da terra, quem não tiver suas reservas averbadas, os frigoríficos vão impor para que quem compre o bezerro dessas propriedades ele seja responsável pela certificação na hora da venda do gado.

Eu vou falar para vocês, às pessoas que estão nos assistindo nesse momento, se não for feito a regularização fundiária dessas áreas, os frigoríficos podem fechar...mais da metade dos frigoríficos que hoje nós temos no estado. Porque mais de 50% da produção de bezerro do estado vem de terras que não tem regularização fundiária. Então essa regularização realmente tem que acontecer", afirmou.

Ainda durante a entrevista, Jaime Bagattoli respondeu sobre a polêmica emenda que ganhou o apelido de "orçamento secreto" no Congresso.

"Emenda secreta não deve ter em lugar nenhum. Eu acho que tudo deve ser transparante. Porque já diz, o que é secreto é para ninguém saber. Eu acho que a política nesse país tem que mudar, e muito, a política tem que ter transparência.

O Brasil precisa de pessoas que realmente mostram transparência e não só no sistema da política.Ter mais transparência no legislativo, no executivo, e no judiciário. Eu sou contra esse negócio das emendas secretas. O povo brasileiro não pode aceitar", ressalta.

Já na entrevista ao portal g1, Jaime Bagattoli relembrou sua trajetória política e atuação no agronegócio em Rondônia (assista a entrevista acima).

Um dos assuntos abordados foi sobre a segurança pública, destacando o aumento de mortes violentas no primeiro semestre do ano. Ele defendeu mais preparação dos policiais.

"O nosso policial tem que ter mais preparo, tem que ser mais preparado. Os governantes têm que entender que ele tem que ser preparado e ele tem que ser bem remunerado. Tem que ter uma capacidade psicológica muito boa pra ele estar agindo dentro da sua função, mas ele tem que estar satisfeito com sua função e ele precisa, que pra isso, o estado remunere de uma forma que esse policial esteja satisfeito.

Nós precisamos aumentar o efetivo de policiais nas ruas, nos bairros, e principalmente, nós temos que criar um sistema de policiamento rural para defender as propriedades rurais, que hoje é um dos gargalos que tá acontecendo de assalto e roubo dentro das propriedades rurais. Com isso está sendo mais uma vez prejudicado o homem do campo.

O que o governo faz: o governo só sabe levar pra lá [campo] o Ibama, a Sedam, ICMBio, agora fazer uma segurança para o homem do campo isso não tá acontecendo, principalmente aqui no nosso estado de Rondônia", diz.

Ainda no bate-papo, Jaime falou sobre quais ações o poder Legislativo pode adotar para diminuir os casos de violência doméstica e feminicídio.

"Sobre essa questão da mulher, ela tem que ser vista pelos políticos. A mulher já diz, ela é mais frágil do que o homem, então o que acontece: tem que ter leis severas, tem que ter punições para quem agride uma mulher ou faça qualquer coisa contra

Quem é Jaime Bagattoli

Jaime Maximino Bagattoli tem 61 anos e nasceu em Presidente Getúlio, interior de Santa Catarina. Atualmente, atua no agronegócio e mora em Vilhena (RO).

Em 2018, disputou uma vaga no Senado e ficou em terceiro lugar.

Entrevista com os candidatos ao Senado em RO

Os sete candidatos confirmaram participação nas entrevistas do Bom Dia Rondônia e g1. Todos tiveram representantes que assinaram uma ata com as regras dos encontros.

Fonte: G1/RO   / reprodução de Oobservador